Eu te sentia em cada pisada sobre o solo que caminhamos durante as tardes de inverno. Aquele frio que me encolhia a ti nada afetava. Tu que exibia as pernas robustas pra onde ia, junto a roupa que costurara às pressas numa quarta-feira apaixonada.
Eu era apenas sua, de corpo e alma. Viajei por teus sonhos, voei entre teus dedos, me colori com a tua vida. Fomos uma só por muitos momentos, ligadas por uma sintonia amarela com listras azuis e dançante.
Os abraços, os beijos, os carinhos, nada foi mentira. A intensidade não pôde ser medida ou comparada. Te amei como amiga, te amei como confidente. Te desejei por tantas noites e te quis do meu lado por mais tempo do que devia.
domingo, 31 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Chá de sumiço
Dizem que os melhores textos surgem da depressão e das máguas, mas por que diabos eu não consigo mais me expressar? Tudo se acumula dentro do peito, e arde tanto... No meu estômago se forma um buraco negro que suga meus órgãos pra dentro e me faz encolher em dor. Meus braços não tem vontade de se movimentar, meus olhos não enxergam, as mãos tremem. O cérebro passa por toda aquela fase de processamento de informações mas não consegue chegar a nenhuma conclusão. Tudo se mistura confuso, se mescla, e vira cinza. Nos meus olhos agora se formam lágrimas.
Nessas horas eu queria ser mais subjetiva, mas não consigo. Não... consigo.
Nessas horas eu queria ser mais subjetiva, mas não consigo. Não... consigo.
domingo, 5 de setembro de 2010
um desabafo
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
(said my head)
(said my head)
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Ah os bons tempos de caminhadas noturnas com direito a lua cheia, vento roçando nos cabelos e aquele friozinho agradável. A melodia podia ser o silêncio, aquela música chiclete do dia, ou pensamentos descompassados que escorriam da mente colorida da menina que triunfava solitária sob a realidade medíocre. Bons tempos esses.
- pelo menos as cores ainda estão aqui.
- pelo menos as cores ainda estão aqui.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
querendo como ninguém ou como deus quiser
Eu queria ter inspiração, um beijo na testa, um corpo quente pra me aquecer nessas noites frias, cores vivas e o meu capuccino preferido.
Queria entender química orgânica, curar inimizades, um filme, aulas de dança e uma roda de amigos.
Queria brincar com a Nina, ouvir Itapema, finais de semana no Campeche, uma lata de leite condensado e um abraço.
Queria tempo pra querer mais coisas, ou quem sabe queria-o apenas para parar de tanto me queixar da sua falta.
Queria entender química orgânica, curar inimizades, um filme, aulas de dança e uma roda de amigos.
Queria brincar com a Nina, ouvir Itapema, finais de semana no Campeche, uma lata de leite condensado e um abraço.
Queria tempo pra querer mais coisas, ou quem sabe queria-o apenas para parar de tanto me queixar da sua falta.
domingo, 25 de julho de 2010
tempo
Querendo ou não o que me aconteceu agora de noite mexeu com essa cabeça desnaturada de pouco cabelo. Esses pensamentos confusos estão se condensando e pesando aqui e ali, hora espetando e até coçando.
Preciso de uma psicóloga, ou um passaporte pra qualquer lugar.
Preciso de uma psicóloga, ou um passaporte pra qualquer lugar.
domingo, 11 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
carne
De segunda a sexta aqueles homens sem modos rudemente comem as mulheres que ali passeiam.
Entre 12h10 e 12h40 eles descansam seus corpos suados e generalizadamente massudos na calçada da Igreja. Me pergunto se não tem um mínimo respeito pelo lugar religioso que os acompanha nas manhãs de trabalho (como se lola tivesse moral pra fazer tal pegunta). O fato que aqui descrevo são seus olhos fundos e sedentos de carne feminina. Observam uma a uma, do fio arrepiado ao dedão que encosta no chão sob cada passada cautelosa, embora eu saiba que o que buscam é o que os excita. Diria que focam nos peitos robustos de algumas, descendo pela curva da silhueta que chega ao quadril e enfim à bunda tão sonhada de cada dia. Se nos agradecessem por animar suas manhãs falariam "obrigada por usarem esse uniforme apertado - adoraríamos colocar nossos pintos dentro de vocês".
Entre 12h10 e 12h40 eles descansam seus corpos suados e generalizadamente massudos na calçada da Igreja. Me pergunto se não tem um mínimo respeito pelo lugar religioso que os acompanha nas manhãs de trabalho (como se lola tivesse moral pra fazer tal pegunta). O fato que aqui descrevo são seus olhos fundos e sedentos de carne feminina. Observam uma a uma, do fio arrepiado ao dedão que encosta no chão sob cada passada cautelosa, embora eu saiba que o que buscam é o que os excita. Diria que focam nos peitos robustos de algumas, descendo pela curva da silhueta que chega ao quadril e enfim à bunda tão sonhada de cada dia. Se nos agradecessem por animar suas manhãs falariam "obrigada por usarem esse uniforme apertado - adoraríamos colocar nossos pintos dentro de vocês".
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Lua Cheia
Começou mais como um incômodo leve, tal como aquela espinha recém nascida. O tempo passou, o fio embolou, e a espinha foi virando um tumor, um corpo massudo que aumentava e assustava. Chegou ao estado de um buraco que arrastava pra dentro tudo que via, desintegrando cada partícula do corpo agora dizimado.
Cinza, vejo tudo cinza. Em tons de preto e branco. E onde foi parar a cor?
Recordando os momentos de fragilidade da noite me vem sempre a seguinte cena: um corpo deitado, imerso em pensamentos (ou em vazio completo), porque a única música que se ouvia era o silêncio. Eu me aproximei, relutante por dentro, e fitei aqueles grandes olhos que me despiam. Tive vontade de fugir, de correr sem rumo desabando em lágrimas, mas permaneci encarando a imensidão verde. E quando o tempo começou a passar mais lento surgiram os beijos acanhados, que não puderam ser prolongados pelas sequências de interrupções dos alheios. Ah sim, lembro muito bem que a cada segundo em que surgia um imprevisto eu respirava mais aliviada, pois assim não teria de usar de palavras pra acabar com aquilo de uma vez. Se fosse um filme seria de terror, onde eu seria molestada pelo pedreiro cansado de esperar, que bebia no bar no fim do dia. Fui tão covarde, embora eu saiba que se tivesse a oportunidade de mudar o passado eu teria feito o mesmo.
Hoje eu ainda me pergunto pra onde as cores fugiram...
Cinza, vejo tudo cinza. Em tons de preto e branco. E onde foi parar a cor?
Recordando os momentos de fragilidade da noite me vem sempre a seguinte cena: um corpo deitado, imerso em pensamentos (ou em vazio completo), porque a única música que se ouvia era o silêncio. Eu me aproximei, relutante por dentro, e fitei aqueles grandes olhos que me despiam. Tive vontade de fugir, de correr sem rumo desabando em lágrimas, mas permaneci encarando a imensidão verde. E quando o tempo começou a passar mais lento surgiram os beijos acanhados, que não puderam ser prolongados pelas sequências de interrupções dos alheios. Ah sim, lembro muito bem que a cada segundo em que surgia um imprevisto eu respirava mais aliviada, pois assim não teria de usar de palavras pra acabar com aquilo de uma vez. Se fosse um filme seria de terror, onde eu seria molestada pelo pedreiro cansado de esperar, que bebia no bar no fim do dia. Fui tão covarde, embora eu saiba que se tivesse a oportunidade de mudar o passado eu teria feito o mesmo.
Hoje eu ainda me pergunto pra onde as cores fugiram...
quarta-feira, 23 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
7 semanas
o frio e o quente, o café e o leite, o grande e o pequeno, o enrolado e o liso, o loiro e o moreno, a fome e o doce. Contradições contantes eu resumiria.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
pertinente
contraditório o fato do meu corpo querer o que minha mente julga sujo. Não entendo porque os dois não chegam a um acordo.
domingo, 13 de junho de 2010
cotidiano
engraçado como nem tudo é o que parece.
poderia dizer com clareza que media 1.55 de altura, e não 1.65 como mentiu pra mim durante os últimos 3 a 4 anos. Com olhos levemente esverdeados, senso crítico forte, amigo do que é produzido na terra por camponeses explorados e usador de palavras comuns da banalizada realidade o indivíduo me mostrou como é a realidade de quem não é amigo do tempo. Não me disse se já tentou matá-lo, mas ainda assim ambos não parecem se dar bem. Resta-lhe os sábados e domingos, dias de arco-íris e de cinza respectivamente. Já o frio era seu amigo de algum tempo. O conheceu bem no início no seu último verão, junto das suas novas roupas isolantes.
Se estou aqui descrevendo-o existe algum fundamento. Não é que não seja uma pessoa bacana, mas não existe nada de diferente. Minha imaginação fértil como sempre divagou inúmeras possibilidades deixando isolado o que era concreto.
poderia dizer com clareza que media 1.55 de altura, e não 1.65 como mentiu pra mim durante os últimos 3 a 4 anos. Com olhos levemente esverdeados, senso crítico forte, amigo do que é produzido na terra por camponeses explorados e usador de palavras comuns da banalizada realidade o indivíduo me mostrou como é a realidade de quem não é amigo do tempo. Não me disse se já tentou matá-lo, mas ainda assim ambos não parecem se dar bem. Resta-lhe os sábados e domingos, dias de arco-íris e de cinza respectivamente. Já o frio era seu amigo de algum tempo. O conheceu bem no início no seu último verão, junto das suas novas roupas isolantes.
Se estou aqui descrevendo-o existe algum fundamento. Não é que não seja uma pessoa bacana, mas não existe nada de diferente. Minha imaginação fértil como sempre divagou inúmeras possibilidades deixando isolado o que era concreto.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
afinal,
Tudo acontece por um acaso.
Se eles não tivessem ido embora e abandonado-a sozinha no fim do mundo, sua vida não seria um décimo do que é hoje. Não que seja boa, ou seja ruim, apenas é. Meu intuito com isso é dizer que Mariquinhas não teria conhecido Lúcia, nem João dos Passos. Mas vamos focar em Lúcia, pois a cumplicidade que existe entre as duas amigas se quer teria começado. Por meio de palavras arremessadas ao infito de cores mescladas e formas em 3D Mariqunhas se expressa e agradece pela vida ser do jeito que é, pois ela tem mais a rir do que a chorar desses anos intensos de companheirismo. Se uma é o próton e a outra o elétron desse grande elemento químico, elas se equilibram. As reações vão acontecer e ocorrerão trocas de elétrons com novos elentos químicos, afinal Mariquinhas foi sempre a mais extrovertida, ou hiperativa das duas, porém elas sempre saberão sua origem e de onde surgiram. Sobre seus caminhos ah sim, cada uma seguirá em direções opostas, mas sempre haverá a praça onde seus destinos se cruzam, onde os sentimentos se abraçam, os cheiros se esbarram, e onde tudo começa de novo...
(afinal, nada é por acaso.)
Se eles não tivessem ido embora e abandonado-a sozinha no fim do mundo, sua vida não seria um décimo do que é hoje. Não que seja boa, ou seja ruim, apenas é. Meu intuito com isso é dizer que Mariquinhas não teria conhecido Lúcia, nem João dos Passos. Mas vamos focar em Lúcia, pois a cumplicidade que existe entre as duas amigas se quer teria começado. Por meio de palavras arremessadas ao infito de cores mescladas e formas em 3D Mariqunhas se expressa e agradece pela vida ser do jeito que é, pois ela tem mais a rir do que a chorar desses anos intensos de companheirismo. Se uma é o próton e a outra o elétron desse grande elemento químico, elas se equilibram. As reações vão acontecer e ocorrerão trocas de elétrons com novos elentos químicos, afinal Mariquinhas foi sempre a mais extrovertida, ou hiperativa das duas, porém elas sempre saberão sua origem e de onde surgiram. Sobre seus caminhos ah sim, cada uma seguirá em direções opostas, mas sempre haverá a praça onde seus destinos se cruzam, onde os sentimentos se abraçam, os cheiros se esbarram, e onde tudo começa de novo...
(afinal, nada é por acaso.)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Importado, enrolado e macio
meu coração palpita feliz por te ver.
Cada parte viva tua enriquece meu dia
e colore meu preto e branco.
Meu carinho por ti é tão grande que uma palavra crua tua poderá ser como um tapa no rosto, golpes sequênciados de facadas, ou até um tiro no peito causando falta de ar e desespero. Tua crueldade me fere no mais íntimo de mim e a minha vontade é correr pra longe e não ver teu rosto importado mais.
Naquela tarde de andarilhos e Rousseau eu prometi ser fiel a amizade que tu tanto temias, e eu estou aqui ainda não estou? Corroída, triste, derramando lágrimas pelas suas verdades nada absolutas e adquirindo parte da sua montanha-russa de sentimentos.
"Nada ficou no lugar
eu quero entregar suas mentiras
eu vou invadir sua alma
queria falar sua língua"
Cada parte viva tua enriquece meu dia
e colore meu preto e branco.
Meu carinho por ti é tão grande que uma palavra crua tua poderá ser como um tapa no rosto, golpes sequênciados de facadas, ou até um tiro no peito causando falta de ar e desespero. Tua crueldade me fere no mais íntimo de mim e a minha vontade é correr pra longe e não ver teu rosto importado mais.
Naquela tarde de andarilhos e Rousseau eu prometi ser fiel a amizade que tu tanto temias, e eu estou aqui ainda não estou? Corroída, triste, derramando lágrimas pelas suas verdades nada absolutas e adquirindo parte da sua montanha-russa de sentimentos.
"Nada ficou no lugar
eu quero entregar suas mentiras
eu vou invadir sua alma
queria falar sua língua"
segunda-feira, 12 de abril de 2010
dois dias atrás de ti.
"Ô menina, parece índia Ianomami seu cabelo preto breu
Simula um toque, que desabroche
Esse teu casto mastigado pelo meu
Se quer tamanho vou despir a alma
E afogar a calma salivando um beijo teu
Siga a seta e diga que sou seu
Venha sem chão me ensina a solidão de ser só dois
Depois te levo pra casa
Que o teu laranja é que me faz ficar bem mais"
Simula um toque, que desabroche
Esse teu casto mastigado pelo meu
Se quer tamanho vou despir a alma
E afogar a calma salivando um beijo teu
Siga a seta e diga que sou seu
Venha sem chão me ensina a solidão de ser só dois
Depois te levo pra casa
Que o teu laranja é que me faz ficar bem mais"
domingo, 11 de abril de 2010
não crime
doce ilusão de um bem me quer desejado
rabiscos de um fim inesperado
(es)corre de mim a malícia de um quero mais
escorre pelo que deixo pra trás
a onda que vai e volta continua tão cheia de vida
e eu permaneço na areia, só de tocaia dos teus feitos.
rabiscos de um fim inesperado
(es)corre de mim a malícia de um quero mais
escorre pelo que deixo pra trás
a onda que vai e volta continua tão cheia de vida
e eu permaneço na areia, só de tocaia dos teus feitos.
To lick your heart and taste you health
"Scar tissue that I wished you saw
sarcastic Mister Know-it-All
Close your eyes and I'll kiss you 'cause
with the birds I'll share...
With the birds I'll share this lonely view"
sarcastic Mister Know-it-All
Close your eyes and I'll kiss you 'cause
with the birds I'll share...
With the birds I'll share this lonely view"
quarta-feira, 7 de abril de 2010
de amarelo para azul
Cabelos negros, enrolados
pele macia, docemente rosada
sorriso acolhedor
e olhos de cigana oblíqua e dissimulada
Eles pediam, imploravam para que eu entrasse neles (como se fosse necessário). O paraíso utópico de teus olhos é 99,9% irresistível, e o 0,1% que me resta é a sanidade de quem sabe que nada vem de mão beijada. O caminho do paraíso é árduo, um penhasco cheio de perigos devassos, amores mau resolvidos e preconteito, e embora eu saiba do imenso risco de fracasso, desespero e vazio, eu ainda não consigo resistir a ti, anjo dos olhos de Capitu.
pele macia, docemente rosada
sorriso acolhedor
e olhos de cigana oblíqua e dissimulada
Eles pediam, imploravam para que eu entrasse neles (como se fosse necessário). O paraíso utópico de teus olhos é 99,9% irresistível, e o 0,1% que me resta é a sanidade de quem sabe que nada vem de mão beijada. O caminho do paraíso é árduo, um penhasco cheio de perigos devassos, amores mau resolvidos e preconteito, e embora eu saiba do imenso risco de fracasso, desespero e vazio, eu ainda não consigo resistir a ti, anjo dos olhos de Capitu.
sábado, 3 de abril de 2010
macias.
Tuas mãos, teu rosto, tuas costas, tudo em ti é macio e suave.
Teu cabelo é leve, jeitoso e nada tímido. Adora brincar comigo, de me chamar a atenção. Teus dedos ágeis, agitados e carentes de cordas. Tuas unhas são esbeltas e bem cuidadas apesar de estarem constantemente sendo usadas. Tuas pernas tão claras. Teus pés sempre em movimento, saltitantes. Pulam, dançam, se contorcem. Miúdos e graciosos. Tua bochecha sempre simpática me cumprimenta com um sorriso sincero. Tua voz meiga, risonha, carismática soa como música, uma boa música. Mas teus olhos, teus olhos! Eles simplesmente me fascinam. De uma cor tão delicada, embora forte, viva e presente, me observam cautelosos.
Tudo em ti parece irreal de tão perfeito, embora eu deseje que isso não seja mais um sonho como outro qualquer. A realidade é dura, e só você pra me tirar dessa monotonia miserável.
Teu cabelo é leve, jeitoso e nada tímido. Adora brincar comigo, de me chamar a atenção. Teus dedos ágeis, agitados e carentes de cordas. Tuas unhas são esbeltas e bem cuidadas apesar de estarem constantemente sendo usadas. Tuas pernas tão claras. Teus pés sempre em movimento, saltitantes. Pulam, dançam, se contorcem. Miúdos e graciosos. Tua bochecha sempre simpática me cumprimenta com um sorriso sincero. Tua voz meiga, risonha, carismática soa como música, uma boa música. Mas teus olhos, teus olhos! Eles simplesmente me fascinam. De uma cor tão delicada, embora forte, viva e presente, me observam cautelosos.
Tudo em ti parece irreal de tão perfeito, embora eu deseje que isso não seja mais um sonho como outro qualquer. A realidade é dura, e só você pra me tirar dessa monotonia miserável.
por tete e sasa
"I felt you in my legs before I even met you
And when I layed beside you for the first time,
I told you: I feel you in my heart, and I don't even know you."
And when I layed beside you for the first time,
I told you: I feel you in my heart, and I don't even know you."
sábado, 27 de março de 2010
postiça
O evento que ditaria o meu futuro foi adiado por 1 ano, mas não importa mais, o cargo vai continuar lá e enquanto isso eu vou aprofundando essa nova relação familiar sendo uma deles, se bem que não tão de verdade assim. Afinal a palavra "bolsista" só e dita a quem teve seu nome listado, e o meu se quer foi citado (entretanto muito pensado). Mas eu sei que a partir de agora eu vou conhecer melhor esse universo paralelo e me tornar (como não posso ser de verdade) a bolsista postiça - para os íntimos, ou não.
intimidade
Os dias correm com o praxe matinal, mas naquelas 3 noites da semana a vida sempre muda. A intimidade com o novo mundo vai ganhando uma dinâmica crescente, cheia de metáforas com humor, abraços e carinhos.
domingo, 14 de março de 2010
Bem-estar de um dia.
Incrível como a ansiedade é bipolar. Ora ela surge pra me manter atenta aos estudos, me concentrar, e ora pra enlouquecer a tarde que aguardava impaciente pelo calar da noite.
O que parecia mais uma noite de torturas surpeendeu mais do que devia. Foi quase como ir no la pedreira, mas ainda melhor porque eu tinha acesso a novas partes dos corpos suados daqueles amigos de classe, não tão amigos assim.
Assuntos mal resolvidos do passado já não existem, só me pergunto por que demorei tanto tempo pra fazer isso. Medo de me expor? Talvez. Inútil, mas nada melhor que o amigo tempo pra resolver as coisas e acalmar (ou atormentar) ainda mais os nervos.
Agora as respostas diárias ao(s) acontecido(s) mudaram. Minto. Tudo está onde deveria, ainda mais certo, e talvez mais simples. E magnificamente me tornou até uma pessoa melhor, pelo menos por um dia.
O que parecia mais uma noite de torturas surpeendeu mais do que devia. Foi quase como ir no la pedreira, mas ainda melhor porque eu tinha acesso a novas partes dos corpos suados daqueles amigos de classe, não tão amigos assim.
Assuntos mal resolvidos do passado já não existem, só me pergunto por que demorei tanto tempo pra fazer isso. Medo de me expor? Talvez. Inútil, mas nada melhor que o amigo tempo pra resolver as coisas e acalmar (ou atormentar) ainda mais os nervos.
Agora as respostas diárias ao(s) acontecido(s) mudaram. Minto. Tudo está onde deveria, ainda mais certo, e talvez mais simples. E magnificamente me tornou até uma pessoa melhor, pelo menos por um dia.
Stand up
6h unhas;
6h15 vaz aqui;
7h30 levantar âncora, Marco Luque nos espera.
Ri até as bochechas não aguentarem e o pescoço pedir socorro.
"Coloca a mão na boca e fala com voz mansa: Sinixtro! Entendeu geral?"
6h15 vaz aqui;
7h30 levantar âncora, Marco Luque nos espera.
Ri até as bochechas não aguentarem e o pescoço pedir socorro.
"Coloca a mão na boca e fala com voz mansa: Sinixtro! Entendeu geral?"
ritmos novos
Lentamente, cauteloso e tão docemente carinhoso ele vem conquistando um espacinho especial no meu coração. De pouco em pouco vai embalando meus dias (ou noites), mexendo meus quadris, minhas pernas, meu tronco e a cabeça vai pra outra dimensão junto com o cabelo que voa sem culpa. Seja bem vindo zouk.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Abraço de verdades
"Obrigada" disse a jovem que passou a exalar alegria pelos poros, querendo pular freneticamente e berrar para o mundo que a esperança perdurará enquanto houver pessoas que compartilham dos mesmos sonhos.
Porque agora há uma luz no fim do túnel, tão alta, loira, dançante, contente e amável. De nome comum, mas ao mesmo tempo tão distinto.
No teu abraço descobri o conforto de quem entende a causa quase perdida de um sonho solitário. Desta forma, muito obrigada.
Porque agora há uma luz no fim do túnel, tão alta, loira, dançante, contente e amável. De nome comum, mas ao mesmo tempo tão distinto.
No teu abraço descobri o conforto de quem entende a causa quase perdida de um sonho solitário. Desta forma, muito obrigada.
terça-feira, 9 de março de 2010
desencontro
Os dias já parecem semanas, e estas meses. Tudo acontece tão devagar quando se precisa que o tempo passe mais e mais rápido...
A pressão de decidir o que se fazer da vida, da minha vida, é tão claustrofóbica! Largar o certo pelo incerto, a utopia pelo mesmo caminho sem sentido de anos, a vida pelo vazio, as cores pelo preto e branco. Parece que o tempo vai me trancar numa caixa escura e sem fundo e de lá eu vou morrendo aos poucos, junto com o sonho que deixo pra trás. Vai virando memória, ou sonho, talvez nem tenha sido real... Espero então acordar de novo, e ver que ele ainda está lá. Longe, mas parte integral de mim.
Eu que já fui tão firme agora desabo nesse abismo de ilusão. A cada lágrima uma prova desse amor tão cheio de amarelo, vermelho e laranja, um arco-íris de vida que vai embora, esperando me encontrar quando os nossos tempos tornarem-se os mesmos.
A pressão de decidir o que se fazer da vida, da minha vida, é tão claustrofóbica! Largar o certo pelo incerto, a utopia pelo mesmo caminho sem sentido de anos, a vida pelo vazio, as cores pelo preto e branco. Parece que o tempo vai me trancar numa caixa escura e sem fundo e de lá eu vou morrendo aos poucos, junto com o sonho que deixo pra trás. Vai virando memória, ou sonho, talvez nem tenha sido real... Espero então acordar de novo, e ver que ele ainda está lá. Longe, mas parte integral de mim.
Eu que já fui tão firme agora desabo nesse abismo de ilusão. A cada lágrima uma prova desse amor tão cheio de amarelo, vermelho e laranja, um arco-íris de vida que vai embora, esperando me encontrar quando os nossos tempos tornarem-se os mesmos.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
la luna
Por que a lua esqueceu de mim? Toda noite ela foge sem ser notada para se esconder dos desabafos de uma garota sem coordenadas, e quando surge é pequena e discreta, não querendo ser notada. Agora só resta a sombra de uma noite solitária e vazia, porque sem ela pra conversar eu não tenho mais ninguém que me ouça.
Se ela estivesse aqui eu falaria que cheguei a mais uma conclusão: Essa mente confusa e perturbada é feliz e triste, sempre oscilando como num pêndulo quebrado, mas que vive em busca de se sentir viva - pena que não se achou um remédio que o efeito durasse.
Hoje os opostos apareceram de novo refletidos no meu humor, e o medo noturno veio junto porque a lua mais uma vez me abandonou.
Se ela estivesse aqui eu falaria que cheguei a mais uma conclusão: Essa mente confusa e perturbada é feliz e triste, sempre oscilando como num pêndulo quebrado, mas que vive em busca de se sentir viva - pena que não se achou um remédio que o efeito durasse.
Hoje os opostos apareceram de novo refletidos no meu humor, e o medo noturno veio junto porque a lua mais uma vez me abandonou.
V Congresso Internacional de Tango
Real, real, real, finalmente real! Faz 1 ano que fiquei sabendo sobre o Congresso Internacional de Tango aqui em Florianópolis, o que me deixou realmente muito feliz. Por um triste acaso recebi a notícia em cima da hora e não pude participar das sonhadas aulas, bailes e apresentações, mas esse ano é diferente. Quarta-feira o Congresso se inicia com um baile luxuoso no Hotel Majestic, ao som de orquestra e cantores internacionais e ainda com direito a apresentações de tango dos melhores dançarinos do mundo. E o melhor de tudo é que eu vou poder estar lá pra conferir isso. Só posso estar nas nuvens! Delírio da minha mente ou não, eu quero dançar a noite inteira até não poder mais mexer as minhas pernas e sentir aquela música mágica que impulsiona meu corpo espontaneamente da forma mais intensa possível. Estou tão feliz que preciso compartilhar tamanha alegria com algo ou alguém, aí quem sabe controlar essa ansiedade desnorteante.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
last week
No fim tudo é memória, um curta-metragem de um passado recente passando bem em frente aos olhos, sem tanta cor quanto da primeira vez, mas ainda tão confortante. Ruídos, cheiros, palavras, carinhos, álcool, aerosol, pessoas... Não quero esquecer de nada. Por favor, na-da!
Agora que o fim da liberdade se aproxima é que o valor dela surge cada vez menos discreto, dando pontadas no peito e deixando saudade.
Agora que o fim da liberdade se aproxima é que o valor dela surge cada vez menos discreto, dando pontadas no peito e deixando saudade.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Noite açucarada
Entre doses de álcool e nicotina a noite começou aturdida, mas nada melhor que o tempo para reconfortar os nervos. Nervos? O cérebro que rodava e pulava e os olhos quase saltando em cima dela. Dela que como o mel pôde ser tão doce. Uma imagem puramente angelical ali, agindo pela primeira vez como tal, num pedido de desculpas que me surpreendeu. Desculpas aquelas que confundiram meus pensamentos tão convictos instantes antes do acontecido. "Eu toco até na sua cicatriz como prova", gargalhadas ecoaram. Agora eram mãos, a minha e a dela. Carícias de dedos em dedos, carinhos tão confortantes... E como isso mexeu comigo! Um anjo posto do meu lado na noite de lua cheia, seria coincidência ou força do destino? Não sei, mas eu aproveitei aquelas lábios o máximo que o tempo permitiu, a senti a cada segundo em mim. Eram 1h30min da manhã de domingo e tudo acabou. Hoje eu sou eu e ela é ela, dois seres distintos em seus cantos seguindo com suas vidas. Queria que durasse mais, embora eu saiba que ela definitivamente (e infelizmente) não é namorável.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Lenine dia e noite.
"Eu só eu no meu vazio
Se não morreu nem existiu.
Só eu só no meu pavio
Futuro pó que me pariu".
sábado, 30 de janeiro de 2010
Clausura semanal
13 ligações perdidas. "Vai atender? Não, deixa tocar, só coloca o celular no silencioso pra eu não sentir mais remorso".
Às 2h e alguns minutos da manhã aparece aquela imagem morena, suja, suada, desarrumada, mas tão viva dentro da agora sua prisão semanal.
Agora, no meu penúltimo dia (sábado) dentro de casa eu me sinto como um presidiário ao sair da cadeia. A sonhada liberdade acontece enfim, com direito a pena reduzida por bom comportamento. Não foi ruim, entretanto a ansiedade voltou intensa junto ao turbilhão de pensamentos.
Às 2h e alguns minutos da manhã aparece aquela imagem morena, suja, suada, desarrumada, mas tão viva dentro da agora sua prisão semanal.
Agora, no meu penúltimo dia (sábado) dentro de casa eu me sinto como um presidiário ao sair da cadeia. A sonhada liberdade acontece enfim, com direito a pena reduzida por bom comportamento. Não foi ruim, entretanto a ansiedade voltou intensa junto ao turbilhão de pensamentos.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Juras quebradas ou Mr. D
Entre lamentações e desabafos surgiu o nome dele. As críticas não eram esperadas e me assustaram aos poucos, formando uma angústia dolorosa de como dizer adeus depois de um suposto envolvimento. A partir de então as mensagens tão ansiosamente esperadas já não eram bem vindas, mas como me despedir agora? Eu tentei evitar, mas não ir ao seu encontro ficava cada vez mais difícil. Chegou o dia em que ele completaria sua idade libertadora e eu ignorei amargamente, fingindo se quer lembrar. Doeu, entretanto eu havia prometido me afastar, afinal desde o princípio eu soube que não tínhamos nada em comum, só aquela atração mutua tão ardente, queimando a cada toque de quero mais.
Domingo veio enfim e eu me pus de frente a ele, acreditando levianamente que poderia resistir. Conversas longas, porém com distância, era assim que me mantinha, embora eu soubesse que no fundo queria. E foi aí que a noite desandou, quando a santa mensagem chegou de que os conselhos sobre ele já não simbolizavam nada, pois afinal nunca somos nada. Somos apenas uma mutação constante e em desenvolvimento, sempre procurando aprimorar os ensinamentos de uma vida. Eu passei a me deixar levar pelo desejo e meu corpo já agia por si só. Não era mais eu, éramos nós. Os rostos aos poucos se encontravam com leves carícias. O nariz que roçava na pele macia e sentia o fogo queimar, a vontade atiçar. E as bocas que já se aproximavam, as vezes com uma relutância fingida, num encontro de lábios que se buscavam aos poucos com mais freqüência, desejando-se cada vez mais. Agora já não eram apenas bocas, eram toques, e assim seguiu a noite, vivendo cada momento ao seu lado. "Até que não foi ruim" eu disse a ele, ouviram-se risadas contentes. No fim das contas não havia arrependimento, só o êxtase de ter aproveitado aquela noite maluca de álcool, cigarros, passeios noturnos na praia e alta velocidade ao lado de quem me fez tão bem.
Domingo veio enfim e eu me pus de frente a ele, acreditando levianamente que poderia resistir. Conversas longas, porém com distância, era assim que me mantinha, embora eu soubesse que no fundo queria. E foi aí que a noite desandou, quando a santa mensagem chegou de que os conselhos sobre ele já não simbolizavam nada, pois afinal nunca somos nada. Somos apenas uma mutação constante e em desenvolvimento, sempre procurando aprimorar os ensinamentos de uma vida. Eu passei a me deixar levar pelo desejo e meu corpo já agia por si só. Não era mais eu, éramos nós. Os rostos aos poucos se encontravam com leves carícias. O nariz que roçava na pele macia e sentia o fogo queimar, a vontade atiçar. E as bocas que já se aproximavam, as vezes com uma relutância fingida, num encontro de lábios que se buscavam aos poucos com mais freqüência, desejando-se cada vez mais. Agora já não eram apenas bocas, eram toques, e assim seguiu a noite, vivendo cada momento ao seu lado. "Até que não foi ruim" eu disse a ele, ouviram-se risadas contentes. No fim das contas não havia arrependimento, só o êxtase de ter aproveitado aquela noite maluca de álcool, cigarros, passeios noturnos na praia e alta velocidade ao lado de quem me fez tão bem.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Um Começo
Minha primeira postagem.
Hmm, não sei bem o que digitar ainda, vou esperar surgir palavra por palavra, frase por frase, parágrafo por parágrafo, ou não. Talvez, quem sabe. Dúvidas, dúvidas, uma vida cheia delas.
Hoje foi um dia bonito, com direito a uma tarde memorável. Aula de tango com dois casais argentinos na Kirinus às 13h30min, o suficiente pra me desgastar até meu corpo não ter mais forças. Incrível como dançar me faz viajar, é outra dimensão leve e tranquila. Uma serenidade que me toca com dedos suaves na cintura, subindo tão delicadamente pelas costas e descendo de forma atenta ao quadril, mantendo as pernas ansiosas (mas pacientes) pelo movimento revigorante. Proporcionalmente se espalha pelo corpo e me faz um bem inquestionável. Dançar me faz feliz, não importa o quão mal esteja o meu dia. É o meu santo remédio!
Retornando à aula, foi ótima! Consegui me socializar, o que nem sempre acontece pela minha timidez súbita de dias sim, dias não. Sempre esporádica ela, seletiva talvez, não sei. Bem, conversei com pessoas interessantes, e outras nem tanto, mas principalmente dancei com quem queria. Uma pessoa em especial. Não que eu esteja apaixonada, embora ela me atraia, mas é que ela tem um "quê" de especial por ser exatamente o que ela é. O indivíduo é um homem bonito que dança maravilhosamente bem, tanto que eu me sinto feliz só de ver ele dançar, mas o que me atrai nele é a personalidade. Sempre alegre e brincalhão, transmitindo uma confiança inacreditável. Jeito de quem é confiável e de quem sabe viver. Tem interesses em coisas que eu gosto também, meio excêntricas. Agora uma coisa que acima de tudo me fez simpatizar com ele é o fato de amar a dança, senti-la em cada poro do seu corpo e ansiar por ela da forma mais pura possível, sem medo de demonstrar isso. É bonito de ver, eu garanto.
Acabei escrevendo de um alguém que não sou eu, mas uma coisa pode-se saber sobre mim a partir desse primeiro texto: Eu e a dança somos uma só. Não sou profissional e ainda me falta muito pra isso, mas que fique registrado que ainda quero muito desse mundo dançante, e que vou lutar arduamente pra ser reconhecida um dia. Vai demorar eu sei, mas eu vou viver um dia por vez, afinal o que adianta conseguir uma coisa sem mérito algum?
Hmm, não sei bem o que digitar ainda, vou esperar surgir palavra por palavra, frase por frase, parágrafo por parágrafo, ou não. Talvez, quem sabe. Dúvidas, dúvidas, uma vida cheia delas.
Hoje foi um dia bonito, com direito a uma tarde memorável. Aula de tango com dois casais argentinos na Kirinus às 13h30min, o suficiente pra me desgastar até meu corpo não ter mais forças. Incrível como dançar me faz viajar, é outra dimensão leve e tranquila. Uma serenidade que me toca com dedos suaves na cintura, subindo tão delicadamente pelas costas e descendo de forma atenta ao quadril, mantendo as pernas ansiosas (mas pacientes) pelo movimento revigorante. Proporcionalmente se espalha pelo corpo e me faz um bem inquestionável. Dançar me faz feliz, não importa o quão mal esteja o meu dia. É o meu santo remédio!
Retornando à aula, foi ótima! Consegui me socializar, o que nem sempre acontece pela minha timidez súbita de dias sim, dias não. Sempre esporádica ela, seletiva talvez, não sei. Bem, conversei com pessoas interessantes, e outras nem tanto, mas principalmente dancei com quem queria. Uma pessoa em especial. Não que eu esteja apaixonada, embora ela me atraia, mas é que ela tem um "quê" de especial por ser exatamente o que ela é. O indivíduo é um homem bonito que dança maravilhosamente bem, tanto que eu me sinto feliz só de ver ele dançar, mas o que me atrai nele é a personalidade. Sempre alegre e brincalhão, transmitindo uma confiança inacreditável. Jeito de quem é confiável e de quem sabe viver. Tem interesses em coisas que eu gosto também, meio excêntricas. Agora uma coisa que acima de tudo me fez simpatizar com ele é o fato de amar a dança, senti-la em cada poro do seu corpo e ansiar por ela da forma mais pura possível, sem medo de demonstrar isso. É bonito de ver, eu garanto.
Acabei escrevendo de um alguém que não sou eu, mas uma coisa pode-se saber sobre mim a partir desse primeiro texto: Eu e a dança somos uma só. Não sou profissional e ainda me falta muito pra isso, mas que fique registrado que ainda quero muito desse mundo dançante, e que vou lutar arduamente pra ser reconhecida um dia. Vai demorar eu sei, mas eu vou viver um dia por vez, afinal o que adianta conseguir uma coisa sem mérito algum?
Assinar:
Postagens (Atom)