terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

la luna

Por que a lua esqueceu de mim? Toda noite ela foge sem ser notada para se esconder dos desabafos de uma garota sem coordenadas, e quando surge é pequena e discreta, não querendo ser notada. Agora só resta a sombra de uma noite solitária e vazia, porque sem ela pra conversar eu não tenho mais ninguém que me ouça.
Se ela estivesse aqui eu falaria que cheguei a mais uma conclusão: Essa mente confusa e perturbada é feliz e triste, sempre oscilando como num pêndulo quebrado, mas que vive em busca de se sentir viva - pena que não se achou um remédio que o efeito durasse.
Hoje os opostos apareceram de novo refletidos no meu humor, e o medo noturno veio junto porque a lua mais uma vez me abandonou.

V Congresso Internacional de Tango

Real, real, real, finalmente real! Faz 1 ano que fiquei sabendo sobre o Congresso Internacional de Tango aqui em Florianópolis, o que me deixou realmente muito feliz. Por um triste acaso recebi a notícia em cima da hora e não pude participar das sonhadas aulas, bailes e apresentações, mas esse ano é diferente. Quarta-feira o Congresso se inicia com um baile luxuoso no Hotel Majestic, ao som de orquestra e cantores internacionais e ainda com direito a apresentações de tango dos melhores dançarinos do mundo. E o melhor de tudo é que eu vou poder estar lá pra conferir isso. Só posso estar nas nuvens! Delírio da minha mente ou não, eu quero dançar a noite inteira até não poder mais mexer as minhas pernas e sentir aquela música mágica que impulsiona meu corpo espontaneamente da forma mais intensa possível. Estou tão feliz que preciso compartilhar tamanha alegria com algo ou alguém, aí quem sabe controlar essa ansiedade desnorteante.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

last week

No fim tudo é memória, um curta-metragem de um passado recente passando bem em frente aos olhos, sem tanta cor quanto da primeira vez, mas ainda tão confortante. Ruídos, cheiros, palavras, carinhos, álcool, aerosol, pessoas... Não quero esquecer de nada. Por favor, na-da!
Agora que o fim da liberdade se aproxima é que o valor dela surge cada vez menos discreto, dando pontadas no peito e deixando saudade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Noite açucarada

Entre doses de álcool e nicotina a noite começou aturdida, mas nada melhor que o tempo para reconfortar os nervos. Nervos? O cérebro que rodava e pulava e os olhos quase saltando em cima dela. Dela que como o mel pôde ser tão doce. Uma imagem puramente angelical ali, agindo pela primeira vez como tal, num pedido de desculpas que me surpreendeu. Desculpas aquelas que confundiram meus pensamentos tão convictos instantes antes do acontecido. "Eu toco até na sua cicatriz como prova", gargalhadas ecoaram. Agora eram mãos, a minha e a dela. Carícias de dedos em dedos, carinhos tão confortantes... E como isso mexeu comigo! Um anjo posto do meu lado na noite de lua cheia, seria coincidência ou força do destino? Não sei, mas eu aproveitei aquelas lábios o máximo que o tempo permitiu, a senti a cada segundo em mim. Eram 1h30min da manhã de domingo e tudo acabou. Hoje eu sou eu e ela é ela, dois seres distintos em seus cantos seguindo com suas vidas. Queria que durasse mais, embora eu saiba que ela definitivamente (e infelizmente) não é namorável.