segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Noite açucarada
Entre doses de álcool e nicotina a noite começou aturdida, mas nada melhor que o tempo para reconfortar os nervos. Nervos? O cérebro que rodava e pulava e os olhos quase saltando em cima dela. Dela que como o mel pôde ser tão doce. Uma imagem puramente angelical ali, agindo pela primeira vez como tal, num pedido de desculpas que me surpreendeu. Desculpas aquelas que confundiram meus pensamentos tão convictos instantes antes do acontecido. "Eu toco até na sua cicatriz como prova", gargalhadas ecoaram. Agora eram mãos, a minha e a dela. Carícias de dedos em dedos, carinhos tão confortantes... E como isso mexeu comigo! Um anjo posto do meu lado na noite de lua cheia, seria coincidência ou força do destino? Não sei, mas eu aproveitei aquelas lábios o máximo que o tempo permitiu, a senti a cada segundo em mim. Eram 1h30min da manhã de domingo e tudo acabou. Hoje eu sou eu e ela é ela, dois seres distintos em seus cantos seguindo com suas vidas. Queria que durasse mais, embora eu saiba que ela definitivamente (e infelizmente) não é namorável.
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