quarta-feira, 30 de junho de 2010

tolos homens
loucos são os homens
tolos porque loucos são
são loucos os homens
que no mundo escuro e cinza
vivem andarilhos solitários
a procura da vivacidade do amarelo
e do calor do rubro.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Lua Cheia

Começou mais como um incômodo leve, tal como aquela espinha recém nascida. O tempo passou, o fio embolou, e a espinha foi virando um tumor, um corpo massudo que aumentava e assustava. Chegou ao estado de um buraco que arrastava pra dentro tudo que via, desintegrando cada partícula do corpo agora dizimado.
Cinza, vejo tudo cinza. Em tons de preto e branco. E onde foi parar a cor?
Recordando os momentos de fragilidade da noite me vem sempre a seguinte cena: um corpo deitado, imerso em pensamentos (ou em vazio completo), porque a única música que se ouvia era o silêncio. Eu me aproximei, relutante por dentro, e fitei aqueles grandes olhos que me despiam. Tive vontade de fugir, de correr sem rumo desabando em lágrimas, mas permaneci encarando a imensidão verde. E quando o tempo começou a passar mais lento surgiram os beijos acanhados, que não puderam ser prolongados pelas sequências de interrupções dos alheios. Ah sim, lembro muito bem que a cada segundo em que surgia um imprevisto eu respirava mais aliviada, pois assim não teria de usar de palavras pra acabar com aquilo de uma vez. Se fosse um filme seria de terror, onde eu seria molestada pelo pedreiro cansado de esperar, que bebia no bar no fim do dia. Fui tão covarde, embora eu saiba que se tivesse a oportunidade de mudar o passado eu teria feito o mesmo.

Hoje eu ainda me pergunto pra onde as cores fugiram...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

e quando eu concretizava a ideia de que era vazia de sentimentos,

me veio a saudade.

sábado, 19 de junho de 2010

7 semanas

o frio e o quente, o café e o leite, o grande e o pequeno, o enrolado e o liso, o loiro e o moreno, a fome e o doce. Contradições contantes eu resumiria.

sexta-feira, 18 de junho de 2010


Quero Aline e seus dois namorados de volta!

pertinente

contraditório o fato do meu corpo querer o que minha mente julga sujo. Não entendo porque os dois não chegam a um acordo.

domingo, 13 de junho de 2010

cotidiano

engraçado como nem tudo é o que parece.
poderia dizer com clareza que media 1.55 de altura, e não 1.65 como mentiu pra mim durante os últimos 3 a 4 anos. Com olhos levemente esverdeados, senso crítico forte, amigo do que é produzido na terra por camponeses explorados e usador de palavras comuns da banalizada realidade o indivíduo me mostrou como é a realidade de quem não é amigo do tempo. Não me disse se já tentou matá-lo, mas ainda assim ambos não parecem se dar bem. Resta-lhe os sábados e domingos, dias de arco-íris e de cinza respectivamente. Já o frio era seu amigo de algum tempo. O conheceu bem no início no seu último verão, junto das suas novas roupas isolantes.
Se estou aqui descrevendo-o existe algum fundamento. Não é que não seja uma pessoa bacana, mas não existe nada de diferente. Minha imaginação fértil como sempre divagou inúmeras possibilidades deixando isolado o que era concreto.
ando perdida nos teus olhos.